noticias Publicado em 17 de junho de 2011

Conferência da OIT adota normas para garantir direitos iguais para domésticas

Conferência da OIT adota normas para garantir direitos iguais para domésticas

 

As novas normas vão beneficiar cerca de 100 milhões de pessoas, no Brasil mais de sete milhões, a maioria mulheres.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) aprovou, nesta quinta-feira (16/06), durante a 100ª Conferência Internacional do Trabalho em Genebra, a Convenção sobre o Trabalho Doméstico e sua Recomendação, a ampliação dos mesmos direitos conferidos a outras categorias para os trabalhadores e trabalhadoras domésticas. A ministra Iriny Lopes, da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), disse que a OIT ao aprovar a Convenção, aboliu a idéia de que há trabalhadores e trabalhadoras com menos direitos que outros. “Não existe trabalhadores de segunda categoria e o trabalho deve ser digno e decente para todas”, disse a ministra. Ela informou que o Brasil deverá ser um dos primeiros países a ratificar a Convenção e sua Recomendação, o que significa beneficiar mais de sete milhões de pessoas que hoje vivem do trabalho doméstico, sendo que 93% são mulheres e mais de 70% sem carteira assinada.

Iriny Lopes acrescentou que a OIT resgata uma divida história com a categoria das domésticas em todo o mundo. A partir de agora, afirmou a ministra, “o tratamento com igualdade de direitos está respaldado pela Convenção da OIT, que deve ser ratificada por todos os paises membros, pois é norma internacional”.

As novas normas aprovadas se converterão na Convenção nº 189 e Recomendação nº 201 adotadas pela OIT desde sua fundação, em 1919. A Convenção é um tratado internacional vinculante para que os Estados-Membros a ratifiquem, enquanto a Recomendação dá orientações mais detalhadas sobre como a Convenção pode ser implementada.

O número oficial de trabalhadoras e trabalhadores domésticos no mundo é de 53 milhões de pessoas, mas o total pode chegar a 100 milhões segundo estimativas de especialistas da OIT, pois o trabalho doméstico é feito de forma oculta e sem registros. Nos países em desenvolvimento, representa de 4% e 12% do trabalho assalariado. Cerca de 80% são mulheres e meninas, e muitos são migrantes.

A Convenção da OIT define trabalho doméstico como o trabalho realizado em ou para domicílio (s). Embora estes instrumentos abranjam todos os trabalhadores domésticos, há medidas especiais para proteger os trabalhadores que podem estar expostos a riscos adicionais devido à sua pouca idade, sua nacionalidade, entre outros.

Fonte: SEPM

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