noticias Publicado em 10 de novembro de 2010

PNUD lança índice de disparidade de gênero

O RDH (Relatório de Desenvolvimento Humano), apresentado nesta quinta-feira em Nova York, apresenta o IDG (Índice de Desigualdade de Gênero), que capta as desvantagens das mulheres e as perdas de potencial de desenvolvimento em três dimensões que espelham o IDH: saúde reprodutiva, empoderamento (autonomia) e atividade econômica.

Na primeira dimensão, são contabilizados a mortalidade materna e a proporção de adolescentes que tiveram filhos. Na segunda, o percentual de homens e mulheres no parlamento e de homens e mulheres de 25 anos ou mais com pelo menos o segundo grau completo. A desigualdade na atividade econômica é mensurada pela participação dos dois sexos no mercado de trabalho.

O IDG varia de 0 a 1, e, ao contrário do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), quanto mais próximo de 1, pior — ou seja, maior é a desigualdade entre os gêneros. Ele reflete, segundo o relatório, “a perda no desenvolvimento humano resultante da desigualdade entre as realizações femininas e masculinas nessas dimensões”.

A desigualdade entre os sexos faz o Brasil perder 63% de seu potencial de desenvolvimento humano. O país aparece em 80º lugar na lista de 138 nações e territórios, com índice de 0,631.

O relatório aponta que países com IDH baixo geralmente apresentam desigualdades acentuadas entre os gêneros. As dez nações com maiores discrepâncias entre homens e mulheres são Camarões (0,763), Costa do Marfim, Libéria (0,766), República Centro-Africana (0,768), Papua Nova Guiné (0,784), Afeganistão (0,797), Mali (0,799), Níger (0,807), República Democrática do Congo (0,814) e Iêmen (0,853). Já os países mais igualitários nesse sentido são Holanda (0,174), Dinamarca (0,209) e Suécia (0,289).

“Dar oportunidades iguais a meninas e mulheres em educação, direitos sociais, política e tratamento médico não é apenas uma questão de justiça social, mas um dos melhores investimentos a serem feitos para o desenvolvimento”, afirma Jeni Klugman, chefe da equipe que elaborou o RDH.

O Brasil se destaca na proporção entre homens e mulheres com pelo menos o ensino secundário completo. É o 17º país com situação mais favorável a elas nesse indicador. A proporção de brasileiras que alcançaram esse nível de escolaridade é 2,5 pontos percentuais maior que a de brasileiros. O país é um dos 34 em que a parcela de mulheres com ao menos o ensino médio completo supera a de homens. “Um nível de educação superior aumenta as liberdades das mulheres ao fortalecer a capacidade delas para questionar, refletir e atuar sobre sua condição, e ao aumentar o acesso à informação”, destaca o relatório.

A desigualdade entre os sexos faz o Brasil perder 63% de seu potencial de desenvolvimento humano. O país aparece em 80º lugar na lista de 138 nações e territórios, com índice de 0,631.

 

Fonte: PNUD

http://www.pnud.org.br/cidadania/reportagens/index.php?id01=3598&lay=cid

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Grupo Transas do Corpo
Ações educativas em gênero,
saúde e sexualidade.