ocupa-madalena-esp Publicado em 9 de junho de 2017
Performance Nosotras
Performance construída no contexto do Primeiro Festival de Teatro das Oprimidas (2015) realizado no “sul do sul”, como chamamos a Patagônia argentina. Em Goiânia a performance foi apresentada nas ruas do centro da cidade no dia 25 de novembro do mesmo ano, como ação coletiva realizada por vários grupos de Madalenas em muitas cidades do mundo.
A performance “Nostras” representa a realidade opressiva que enfrentamos nós (Nosotras!!) mulheres todos os dias porque ela ocorre em várias realidades. Na primeira parte as mulheres caiam no chão e gritam “Eu”. Este Eu representa, é o Eu que foi maltratado, eu que preciso apoio, eu que estou só como mãe, irmã, esposa, eu que fui abandonada e usada, eu a quem não me dão trabalho, sou eu que fui violentada, sou eu que a que excluíram porque aborto, sou eu que sou morta. Somos todas nosotras que queremos “hacer real el sueño de una sociedad basada en la justicia, libre de la ideología capitalista de competitividad, explotación de la persona humana y destrucción de la naturaleza. Una sociedad sin racismo, sin machismo, sin homofobia, sin estereotipos ni mandatos sociales y sin patriarcas, donde sea posible reinventar y multiplicar los espacios de poder y diversificar quien los ocupa.” (Trecho do manifesto da Rede Magdalenas Internacional)
Com a performance “Nosotras“ seguimos questionando as relações de poder no espaço público. Usamos a performance para realizar ação direta na rua como em praças ou durante manifestações. Na segunda parte da performance uma mulher começa a cantar “Hey Iê Iê Iê“, que sonha como um grito de alerta que ao mesmo tempo que traz esperança. As outras mulheres escutam e agora elas respondem. Seguem cantando e as mulheres se ajudam uma a outra a levantar do chão. Agora quando uma está para cair todas correm até ela, e desta forma não a deixam cair de novo. Porque “Nosotras“ juntas queremos construir uma sociedade solidária e viver coletivamente sem que nos matem. Só assim podemos chegar a uma realidade que se transforma em uma não opressiva.